De Maria do Rosário Pedreira, da LeYa, veio o desafio para escrever o primeiro romance. Que Ana Margarida de Carvalho aceitou. Que Importa a Fúria do Mar, publicado em 2013 pela Editorial Teorema, entrou nos escaparates e imediatamente causou eco entre críticos literários e leitores. No final de 2014, recebeu o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores, entre mais de 100 livros a concurso. Com a escrita, com efeito, a relação de Ana Margarida de Carvalho já era próxima, desde logo num dos estilos que Ernest Hemingway diz contagiar a vida literária, o jornalismo. Ana Margarida de Carvalho é jornalista há mais de 20 anos e nas redações da SIC, da Ler, do Jornal de Letras, da Marie Claire e, sobretudo, da Visão, onde se encontra atualmente e há mais tempo, foi colecionando conhecimentos jornalísticos, afinando a sensibilidade e apurando a técnica da escrita que viu consagrada na grande reportagem. Pelo seu trabalho jornalístico foi benemérita de sete dos mais prestigiados prémios do jornalismo português, de que se destaca o Prémio Gazeta Revelação do Clube de Jornalistas de Lisboa. Ao jornalismo, sobre o qual tem uma visão incisiva e mordaz, juntou ao longo dos anos a aptidão para a crítica cinematográfica, cuja experiência lhe valeu a presença, na qualidade de jurada, em concursos e festivais da especialidade. O seu nome já assinou vários trabalhos em coletâneas de reportagens, crónicas e guiões subsidiados pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual. A vocação para escrever levou-a ainda a imergir-se no registo dos roteiros de viagem e no texto dramatúrgico. A quem com ela pretenda aprender a escrever melhor, pode calhar a sorte de participar num dos workshops de escrita criativa, que de quando em vez leciona. Neste primeiro romance, Que Importa a Fúria do Mar, Ana Margarida de Carvalho oscila com um equilíbrio fascinante entre o lírico e o funcional, concilia avanços e recuos e, ancorada no realismo bem conseguido das personagens, esgrime um argumento passional para (eventualmente) materializar a melhor forma de sobreviver à dureza de um campo de concentração: o Tarrafal, em Cabo Verde. É para lá que numa madrugada de 1934 segue Joaquim, juntamente com os revoltosos do golpe da Marinha Grande, feitos prisioneiros pela Polícia de Salazar. A caminho, em plena viagem, Joaquim lança de um comboio um maço de cartas endereçadas a uma mulher por quem se apaixonou e por causa de quem toda a experiência da prisão se tornou mais leve. É a epígrafe para o premiado romance Que Importa a Fúria do Mar, cuja autora, Ana Margarida de Carvalho, tão simpaticamente aceitou estar Entre Vistas.
Nasceu e vive em Lisboa. Mas tem uma predileção, já expressa em testemunhos que deu, por aspetos da ruralidade, da natureza, da terra… Onde foi buscar esse apego?
Sim, sou uma lisboeta de há várias gerações, os meus pais, os meus avós… O que significa que sou uma espécie de sem-terra. Tenho essa nostalgia de não ter terra aonde possa regressar. No entanto, a casa (que ainda existe) da minha bisavó materna (que já era dos pais dela) fica numa aldeia perto de Santa Comba Dão. Todos os setembros das chamadas férias grandes e os 15 dias da Páscoa, nós (eu, a minha irmã e os meus primos) apanhávamos uma grande dose de campo. Íamos para lá com os nossos avós. Portanto sei bem, desde muito nova, o que é correr pelo campo a fugir à frente dos cães das quintas, o que é o sabor de uma pêra quente, apanhada da árvore num dia de sol, comer uvas às dentadas sem sequer libertar os cachos das vinhas, tomar banho nos rios, ver cobras de água ao nosso lado (eram inofensivas)… E o que guardo é uma sensação de liberdade. Sei o que é o cheiro a mosto das vindimas, o ambiente de mofo que se gerava nas adegas, exalado das pipas, ou quando os homens pisavam uva… Sei o que é levar com uma noz na cabeça (uma dor aguda fortíssima), quando se fazia a colheita nas nogueiras, com os homens dependurados nos ramos, sei o que é também apanhar piolhos (era sempre desgosto para a minha avó). Conhecia a variedade de pequeníssimos insetos que viviam entre o musgo e a hera que cobria a casa de granito, de apanhar rãs nos riachos, de levar para casa passarinhos caídos dos ninhos, de ter medo de noite dos ratos que passavam pelos interstícios das paredes e no enorme sótão da casa, e de atravessar o grande corredor da casa – nenhum de nós o fazia sozinho durante a noite…
Por outro lado, tive a sorte de a casa de ambas as minhas avós, em Lisboa, terem ou um pátio com uma casa de madeira, baloiços, etc., e a outra um jardim enorme – corria quase um quarteirão –, onde se podia subir às árvores, ficar com os joelhos inchados das urtigas, tínhamos uma gaiola gigante com pássaros de ar livre, e chegou a haver um lago com peixes. Como o meu avô era veterinário, tivemos várias gerações de cães, gatos, patos, coelhos, um ouriço-cacheiro… Um dos momentos mais recuados e que recordo com imensa satisfação era a visita do jardineiro (chamava-se Sr. Esmeraldo) e recolhia, para mim, uma quantidade de caracóis e bichos-de-conta…
Quer falar-me melhor sobre essa casa da sua bisavó materna e as memórias que a mesma lhe deixou?
É uma casa de granito, como muitas da região e, ao mesmo tempo, diferente de todas. Data do século XIX e tem um telhado debruado a madeira. Era uma casa de quinta, ficava rodeada de campo por todos os lados (hoje já não), tinha anexos, pátios, arrecadações, lojas, adegas, sótãos… Um maravilhoso mundo de potencialidades. Na Páscoa, atirávamos pétalas de camélia (ainda lá está a árvore) à procissão e tínhamos que esperar que o padre visitasse a nossa casa para podermos todos comer imensas coisas boas, numa enorme mesa toda enfeitada, na sala de jantar.
Acho que nunca se pode aconselhar o talento, ou se tem ou não se tem… Mas há muitas coisas que se podem aprender, lendo. Vendo o que os outros, muito melhores do que nós, fizeram, as soluções que encontraram, as palavras que preferiram…
Eduardo Lourenço diz que a relação que temos com os livros provém dos livros que lemos quando éramos jovens. Que obras marcaram a sua juventude?
Sempre gostei muito de Jack London, as histórias da corrida ao ouro, os nevões do Alasca, a competição entre os lobos e o homem, os vagabundos que percorriam os EUA nos caminhos de ferro… Mas o livro que marcou, de facto, a minha adolescência, com um antes e o depois, foi o romance semiautobiográfico de London, A Paixão de Martin Eden, que fala simultaneamente do crescimento e do conhecimento.
E depois da juventude? Da antiguidade à contemporaneidade, quais são as suas principais referências literárias?
Muita coisa. Como me falou de ruralidade, destaco um poeta brasileiro a que regresso muitas vezes: Manoel de Barros, que morreu recentemente. E que usa muito palavras rasteiras de que gosto: chão, sapo, lesma, barro, lama…
No jornalismo o pacto que temos com o leitor é o da verdade, custe ela o que custa, seja ela o que quer que seja… Na ficção, o pacto que fazemos com o leitor é o de sermos coerentes com o próprio universo que propomos.
É jornalista há 20 anos. O que fez à sua formação em direito?
Absolutamente nada. Mas dizem que o curso de direito transmite uma certa organização e disciplina de raciocínio, e gosto de pensar que talvez esse treino me tenha ajudado no jornalismo. Por outro lado, como estou, mais ou menos, familiarizada com assuntos jurídicos, sinto que não fico tão espantada nem com deslumbramentos patetas com certos aspetos processuais da justiça, quando os temos de tratar noticiosamente.
Alguns dos prémios mais prestigiados do jornalismo português foram-lhe atribuídos a si, caso do Prémio Gazeta Revelação do Clube de Jornalistas de Lisboa. Que balanço faz da sua carreira de jornalista?
Um balanço muito positivo ainda no século XX. Ganhei muitos prémios importantes, de facto. Depois disso, deixei, por razões alheias, de me dedicar à área em que me sinto mais confortável: a reportagem.
Não se vê o que se crê. Nem os espelhos são fiéis quando nos olhamos neles. Não há nada mais ilusório ou enganador do que a visão. Cada um tem a sua própria dentro de si, condicionada por tantos fatores.
Iniciou-se entretanto na arte do romance, respondendo a um convite de Maria do Rosário Pedreira (editora da LeYa). Qual foi a sua primeira reação a este desafio? Escrever ficção fez alguma vez parte dos seus planos?
Não, sem esse impulso exterior nunca me teria atrevido. Acho sinceramente que é um grande atrevimento da minha parte. Pensei em escrever sob pseudónimo masculino. Como sou jornalista e mulher, receei que fosse alvo do preconceito por parte dos jornalistas e críticos. Mas tenho de confessar que isso não aconteceu. A transição da escrita jornalística foi consciente, mas não a senti como uma rutura abrupta, uma vez que já tinha feito alguns guiões de cinema, crónicas – que são um género intermédio –, assim como a própria crítica de cinema, que faço todas as semanas e que encerra uma dose de subjetividade forte.
Que Importa a Fúria do Mar (2013), o primeiro livro que publica, venceu em novembro de 2014 o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE), tendo sido selecionado unanimemente entre 107 livros a concurso. Qual o segredo para se ser premiado à primeira?
Não há. Existe sempre uma variável de coincidência de gostos, neste caso dos membros do júri, que pode ser determinante.
Em 2014 assinalaram-se os 40 anos do 25 de abril de 1974. Tendo em conta que o seu primeiro romance se centra num argumento de resistência face ao antigo regime, o que lhe parece que ganhámos ao longo destes 40 anos?
Tudo. Com a democracia, a liberdade de expressão e de livre organização política e sindical, o fim da guerra colonial e a igualdade vieram «a Paz, o pão, habitação, saúde, educação…», supostamente para todos. Pena que se tenha retrocedido, em termos civilizacionais, em tantas áreas que julgáramos adquiridas.
No romance, a paixão de Joaquim por Luísa constitui pretexto para materializar uma forma de sobreviver à longa viagem rumo ao Tarrafal e sobretudo à estada tão dolorosa neste centro de concentração?
Interessa-me muito essa ideia, de que a paixão pode ser a única corda a que um náufrago se consegue agarrar. Mesmo tratando-se já de uma paixão sem objeto. Ou seja, Joaquim está apaixonado pela ideia de estar apaixonado. Está apaixonado por uma projeção ou por um holograma.
O seu trabalho jornalístico e o contacto direto que teve com sobreviventes do Tarrafal foram decisivos para enquadrar e atribuir realismo ao argumento?
Foi importante conversar com eles, ver-lhes nos olhos a dor que ainda carregam, as torturas e as humilhações por que passaram… São homens que nunca vergaram, têm essa imensa força, além de convicções ideológicas que os ajudaram a suportar todas as provações, mas julgo que ficou sempre um sentimento de mágoa, que os faz nunca esquecer.
Sei que teve oportunidade de estar no campo de concentração do Tarrafal, já depois de ter escrito o livro. Com que olhar foi? E com que olhar voltou? Mudaria alguma coisa no seu livro depois dessa viagem?
É verdade. Só lá estive muito depois de ter escrito o livro. Apesar de haver elementos (de pormenor ou de paisagem) que eu não imaginava exatamente assim, não penso que tivesse mudado alguma coisa de substancial. O meu livro não pretende ser um romance histórico. Não procura a exatidão, mas a coerência com o próprio universo que a história cria, cruzando aspetos reais e outros ficcionais. E, confesso-lhe, foi muito mais estimulante e inspirador visitar o campo através dos testemunhos desses homens, do que através dos meus olhos.
O louva-a-deus, além de ter um design espetacular, parece um ser alienígena, tem este nome muito sugestivo, porque parece que está perpetuamente a orar.
Gostaria de citá-la: «Vejo o meu mundo em daltonismos próprios. Basta-me tirar os óculos, e tudo o que é volta a parecer, apenas.» Nesta frase, proferida por um dos seus personagens principais (Joaquim), ilustra a cosmovisão muito própria dos revoltosos do golpe da Marinha Grande mas, também, de certa forma, que cada pessoa – independentemente das suas circunstâncias – vê o que quer ver, é isso?
Sim, de certa forma. Não se vê o que se crê. Nem os espelhos são fiéis quando nos olhamos neles. Não há nada mais ilusório ou enganador do que a visão. Cada um tem a sua própria dentro de si, condicionada por tantos fatores. Basta olharmos para o céu numa noite estrelada, e o que nos chega são fantasmas de astros, a luminosidade que eles emitiram, tempos atrás. Até a luz do sol nos chega com uma décalage de minutos, portanto, quando olhamos um pôr do sol, estamos a ver a luz que ele emitia há oito minutos atrás. A visão é geradora de muitas ilusões e muitos equívocos… Outro bom exemplo é o cinema. A nossa deficiente retina não se apercebe de que os 24 frames por segundo são na realidade estáticos. E ainda bem.
Um louva-a-deus, que parece ser o detonador para o romance que Eugénia (outra das personagens principais) escreveria, é um dos seus fascínios. É também uma das materializações, neste romance, de que Eugénia é em boa parte um retrato autobiográfico da Ana Margarida de Carvalho?
Sim, embora não goste muito de o admitir. Acabo por me denunciar, no nome que dei à personagem da jornalista (Eugénia), que contém o pronome «eu». O louva-a-deus, além de ter um design espetacular, parece um ser alienígena, tem este nome muito sugestivo, porque parece que está perpetuamente a orar. O que contrasta com o seu ritual de acasalamento, que parece cruel, mas ao devorar o macho, a fêmea ganha nutrientes que lhe permitem permanecer alimentada. A natureza é muito sábia.
Há neste seu livro, precisamente na passagem do louva-a-deus, um narrador a interferir na própria narração. Qual foi o seu objetivo com esta narrativa dentro da narrativa?
Gosto muito desse jogo com o leitor, de um narrador interventivo que pode comentar a ação, divagar a propósito de qualquer coisa e, até, inverter o rumo da ação. Dá uma grande liberdade no modo de contar. Posso falar do passado com um olhar do presente.
Há um momento no seu livro em que, através do discurso de Eugénia, se refere com contundência ao estado para que caminhou o jornalismo na atualidade. É a sua própria visão (ou é só a de Eugénia)?
É a de ambas.
Ernest Hemingway, Gabriel García Marquez, Rosa Montero, entre tantos outros, são exemplos consagrados de conciliação do jornalismo com a escrita. Qualquer um deles admitiu a certa altura que, embora com regras muito diferentes, ambas as atividades se contagiam irremediavelmente. Concorda? Como vive esta dualidade?
No jornalismo o pacto que temos com o leitor é o da verdade, custe ela o que custa, seja ela o que quer que seja… Na ficção, o pacto que fazemos com o leitor é o de sermos coerentes com o próprio universo que propomos. É bom quando o jornalismo contagia a ficção; quando a ficção contagia o jornalismo também, mas apenas na forma – temos de ser muito mais cautelosos nesta última premissa.
Do seu ponto de vista, qual é o papel do escritor nos dias de hoje? Qual a sua importância numa sociedade que lê pouco?
Se virmos bem, o papel do escritor tem sempre um lado algo funesto. Significa que o nosso mundo não chega e a nossa vida é demasiado curta. Temos necessidade de lhes acrescentar mais mundos e mais vidas. E não tenho tanta certeza assim de que a sociedade evolua para ler cada vez menos. Tenho muita esperança nesta nova geração, que está sempre a ler, nos seus i-Phones e e-books e nos i-Pads, mas isso também é leitura. E até comunicam por escrito, mais por mensagens e e-mails do que oralmente. De uma certa forma, aproximamo-nos dos tempos dos nossos avós e bisavós, em que havia a tradição das cartas e da epistolografia. E uma geração que escreve só pode ser melhor.
Voltando à sua história de vida, que peso atribui à iniciação na escrita quando se é filha de um dos escritores mais conceituados em Portugal (Mário de Carvalho)?
Não acredito muito em transmissões genéticas desse género… Talvez o dom para a pintura seja, por exemplo, um talento mais «herdável». E não me lembro de alguma vez o meu pai me incentivar a escrever o que quer que fosse. O que o meu pai sempre me disse foi: lê, lê, lê…
O que destacaria entre as coisas que aprendeu com o seu pai?
As constelações, a sequência dos planetas do sistema solar, as canções de Jacques Brel, a jogar xadrez e a fazer o roque do pastor, a ficar fascinada com o 2001 – Odisseia no Espaço de Kubrick, a arqueologia e a mitologia grega…
Gostaria de citar, precisamente, Mário de Carvalho, a propósito do vocabulário escolhido na literatura: «Escolher as palavras para tirar delas o máximo de efeito é a base da tarefa do escritor. Mas não para fazer decorativismo. Ou não para mostrar, como dizia o Eça gozando com o Camilo, que “sabe muitas palavras do dicionário”. Essa exibição tem muito pouco a ver com a literatura». Concorda com este pressuposto? É com este espírito que escreve não raras vezes na presença de um dicionário?…
Concordo mais ou menos. Por um lado, aceito que a história se possa sacrificar ou desviar um pouco, por causa de uma boa frase, o que pode ser entendido como «decorativismo». Por outro, gosto de procurar a palavra exata para aquilo que pretendo transmitir…
Leu todos os livros publicados pelo seu pai?
Acho que sim, não tenho a certeza.
Ernest Hemingway ensinou a um seu discípulo que os principais requisitos para se ser escritor são a seriedade, a verdade e o talento. A quem agora começa a escrever com ambição de publicar, que conselhos dá?
Acho que nunca se pode aconselhar o talento, ou se tem ou não se tem… Mas há muitas coisas que se podem aprender, lendo. Vendo o que os outros, muito melhores do que nós, fizeram, as soluções que encontraram, as palavras que preferiram…. E até com os maus escritores se pode aprender. Nomeadamente, aprender como não se faz…
Sei que está já a preparar o seu segundo romance. Sente-se efetivamente escritora?
Não consigo responder. Acho que uma pessoa não se torna automaticamente escritora lá por escrever em folhas de árvore processadas… Devia haver uma palavra intermédia, do género «escrevente» para distinguir justamente de «escritor»… Ou «escreviz», um aprendiz de escritor, mas já estou a divagar…
A sua paixão pela arte cinematográfica é também conhecida. Que livro falta passar a filme?
Há livros que estão mesmo a pedir uma adaptação, é verdade. Outros não, mas há casos de reinterpretações cinematográficas que até são melhores do que o livro. Como o E tudo o Vento Levou. E outras, que lhes fazem muita justiça, como A Nave dos Loucos, O Leopardo, Os Cavalos Também se Abatem, As Vinhas da Ira…. Gostava de «ver» um dia a Grande Casa de Romarigães de Aquilino, que me parece um livro inadaptável. Mas como já ouvi um realizador garantir-me que havia de transformá-lo em filme… aguardo.
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