Gosto de coisas a contraciclo. Gostei, por isso, de saber que no tempo do digital temos uma antiga biblioteca completamente renovada. Falo da Biblioteca Municipal do Palácio das Galveias.

Nos seus Cadernos de Lanzarote – Diário V, escreveu José Saramago: «Voltei hoje à Biblioteca Municipal do Palácio das Galveias, ali no Campo Pequeno, onde comecei realmente a aprender a ler». A mesma que acaba de reabrir requalificada, depois de um conjunto de obras profundas, preparadíssima para formar ainda mais leitores.

Com o dobro da área anterior, agora com 2100 m², a Biblioteca Municipal do Palácio das Galveias integra cinco salas de leitura, 250 lugares sentados, três salas multiusos nas quais podem decorrer trabalhos de grupo ou reuniões associativas, uma sala com múltiplas valências vocacionada para conferências, lançamentos de livros, sessões de teatro ou outros eventos culturais, um espaço de formação e, ainda, uma zona para crianças desenhada para o desenvolvimento de artes plásticas.

Mais tecnológica e digital, a biblioteca agora reaberta ao público está abastecida de um sistema de radio frequência para a inventariação de todos os títulos e a otimização dos recursos em geral. Está também munida de uma máquina de auto empréstimo, para a requisição autónoma de livros e disponibiliza em todos os seus espaços serviço Wi-Fi.

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